...é eu dar de caras não só com o Novato mas também com o Gestor no mesmo estabelecimento, sem maneira de fugir à coisa.
Tive uma daquelas conversas casuais com um Novato todo sorridente, porém nada de interessante, ao ponto de ter que recorrer à desculpa esfarrapada de "ter que procurar as minhas amigas, afinal não me posso perder delas" para me poder pôr a andar. Ranhoso, eu sei.
Já o Gestor quando me avistou, veio que nem um relâmpago na minha direcção, levantou-me e andou comigo as voltinhas... Como fazem nos filmes sabem? E alí estava eu, Maggie Lovestoned, agarrada ao pescoço daquele homem gostoso e cheiroso, em plena pista de dança, com dezenas de pessoas à volta, luzes a piscar e música de fundo. PI-RO-SO. Muito sinceramente não sei se me apetecia bater-lhe naquele momento, se simplesmente me devia pôr a andar ou então ficar agarrada a ele... Fiquei agarrada, mas mais pelo medo de cair, depois de tanto carrossel. (E confesso, apesar de ter levado "baile" a noite inteira pelos meus amigos devido aquela cena, eu até gostei....Parece que afinal até tenho um ossinho ou outro de romantismo.) A primeira coisa que eu lhe disse? Sorri-lhe, olhei-o nos olhos e disse-lhe...: "Tens cá uma lata!" (Romãntico, não?)Ao qual ele me respondeu com um "desculpa", me pegou na mão, e levou para um sitio mais calmo para se tentar justificar. Até entendi o ponto de vista dele. Alíás, era algo que também a mim me andava a incomodar. Não tinhamos conversas longas, e eram extremamente "secas". O que, no entanto, não justifica ter deixado de falar comigo. Afinal, somos adultos ou não somos??
A caminho de casa não consegui tirar a ideia da cabeça de que ele apenas se desculpou por ter sido confrontado comigo, ali, cara-a-cara, sem maneira de fugir. Se não nos tivéssemos cruzado ontem, nada teria mudado. Ele não teria pegado no telefone e me convidado para um café para conversarmos e, pelo menos, me contar o que se passou.
E agora estou aqui, enrolada em três cobertores (faz cá um frio na santa terrinha...!) e com uma mensagem dele no telemóvel, sem saber o que responder...
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